Crachás de conferência de hackers são o futuro do RFID

Quando o assunto é acompanhar cada passo das pessoas – ou “aplicativos de localização-consciente”, se você quer parecer menos assustador – nada bate os crachás das conferências de hackers.
Nesse ano, os crachás AMD dos participantes da HOPE atingiram novos níveis, e deram pistas sobre como você pode usar o RFID conectado às pessoas – para o lado bom e para o lado ruim.
"Esse crachá sabe para quais debates você foi. Sabe com quem você conversa. Sabe em que locais da conferência você foi. Sabe quando você esteve lá”, diz Rob Zinkov, da equipe de criação dos crachás da HOPE.
O participante Adam Mayer hackeou seu crachá para permiti-lo roubar a identidade de qualquer pessoa relatada em seu modelo, para poder dar algumas voltas com ela, antes de roubar sua próxima identidade.
"Esse crachá funciona em vários níveis”, diz Aestetix, chefe de projeto com cabelo espetado do os crachás AMD. Ele permite que o usuário veja o que despertou interesse em outros hackers em debates similares, e encontrar amigos. “Por outro lado, nós usaremos o que aprendemos aqui para aplicar na próxima conferência.” Aestetix faz uma pausa, e sorri. “Há também a grande questão da privacidade. Nós temos um sistema que sabe exatamente onde você está durante todo o tempo.”
A enorme produção de crachás para conferências de hackers começou com o desafio da Defcon de hackear o crachá do evento, que geralmente envolve uma placa de circuito e muita imaginação. (No último ano, a disputa final incluiu um contador Geiger embutido e o uso de três crachás para comandar um dirigível robô – e esses dois não ganharam o prêmio.)
Outro pai do crachá da HOPE foi o experimento Sputnik
"É como uma perpetuação em fase alfa”, diz Aestetix. Eles tentaram colocar tanta informação em cada crachá das HOPE anteriores que eles nunca funcionaram muito bem, e isso se estende tanto quando os hackers os usavam nos debates quanto aos hackers que recebiam o crachá. O processo de criação do novo crachá foi de praticamente um ano.
Zinkov usou as informações pessoais dos usuários na rede social para criar uma rede com seus sites e criar uma base de dados ainda maior sobre todos. Agora eles estão criando sistemas de visualização e mapas dos dados com correlações de atividade. E qualquer um pode participar da brincadeira. Um torrent de 8GB de toda a informação coletada está disponível para o público. (No ano passado, o arquivo das informações tinha apenas 20MB.)

0 comentários:
Postar um comentário